Google+ Li e Indico: 2014

sábado, 27 de dezembro de 2014

O cão dos Baskerville de Arthur Conan Doyle












Conhecido como um dos primeiros best-sellers do século XX e considerado o melhor romance policial já escrito, O cão dos Baskerville arrebata o leitor com seu enredo de horror gótico, um clima de ameaça constante, estranhas pistas e inúmeros suspeitos. Baseado em lendas locais sobre cães negros e fantasmas vingativos, esse é mais um caso brilhante do imbatível detetive de Baker Street.






Impressões


Achei um livro de detetive diferente, você sabe de tudo antes, mas a única coisa que você não sabe é como tudo aconteceu. Estranhei um pouco, pois estou acostumada a ler Agatha Christie. Achei a narrativa um pouco confusa, mas deu para se divertir com a leitura.

Li o livro em uns 15 dias, entre indas e vindas do trabalho dentro do metrô, mesmo em horas de pico, bem apertadinha. =)

Sherlock, como sempre, já sabe tudo o que aconteceu, mas usa seu companheiro Watson para conseguir as pitas e as provas de que precisa. Um ambiente de tensão e suspense se instala desde a primeira linha e nos carrega até o fim da narrativa de Sir Conan Doyle.

Obs.: Já burlei minha Meta 2015, e terminei esse livros antes do ano começar. =D

Quem escreveu?


Sir Arthur Conan Doyle (1859 - 1930) foi médico e escritor. Sua obra contempla gêneros tão diversos quanto ficção científica, romances históricos, poesias e não ficção, mas seu maior reconhecimento se deve sem dúvida às histórias do detetive Sherlock Holmes, que incluem contos e romances.

Outras obras:


- As aventuras de Sherlock Holmes
- Um Estudo em Vermelho
- Memórias de Sherlock Holmes

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

E não sobrou nenhum de Agatha Christie




"Dez soldadinhos saem para jantar,/ a fome os move;/ um engasgou, e então sobraram nove." A inocente cantiga infantil ganha ares de terror quando surge em meio a dez pessoas confinadas numa ilha, todas carregando muita história por trás e enxergando pouca esperança pela frente. Mistério quanto ao passado, tensão no presente. Na propriedade da ilha, cujo dono misterioso nem o leitor nem as dez personagens sabem quem é, Agatha Christie construiu o romance policial mais famoso de todos os tempos.






Impressões


Quem gosta de romance policial, como eu, deve ter enlouquecido lendo este livro. A capacidade da Agatha em transformar uma cantiga infantil, um pouco macabra diga-se de passagem, em uma das melhores tramas de suspense é de se tirar o chapéu.

Já havia lido outros livros dessa autora, mas ver o poema se encaixar nos detalhes da história foi muito empolgante. Me diverti muito lendo e voltando à canção sempre que uma nova pista aparecia.

Um dos grandes diferenciais deste livros, com outros livros bem conhecidos da autora, é que este não possuí um detetive, ou uma pessoa específica em busca de pistas, o que vemos são pessoas em uma ilha, confinadas e aterrorizadas com o que pode acontecer.

Se nunca leu nada de Agatha Christie, esse é um bom livro para começar, se já leu, não perde mais essa história assustadora contada pela rainha do crime.

Quem escreveu?


Agatha Christie (1890-1976) é a mais famosa escritora de romances policiais do mundo, e uma das escritoras mais vendidas e traduzidas em todos os tempos. Durante praticamente cinquenta anos, a autora inglesa, considerada a Rainha do Crime, escreveu oitenta romances, várias coletâneas de contos e doze peças teatrais.

Outras obras:





domingo, 7 de dezembro de 2014

O mundo de Sofia de Jostein Gaarder



Às vésperas de seu aniversário de quinze anos, Sofia Amundsen começa a receber bilhetes e cartões-postais bastante estranhos. Os bilhetes são anônimos e perguntam a Sofia quem é ela e de onde vem o mundo. Os postais são enviados do Líbano, por um major desconhecido, para uma certa Hilde Møller Knag, garota a quem Sofia também não conhece.
O mistério dos bilhetes e dos postais é o ponto de partida deste romance fascinante, que vem conquistando milhões de leitores em todos os países e já vendeu mais de 1 milhão de exemplares só no Brasil. De capítulo em capítulo, de “lição” em “lição”, o leitor é convidado a percorrer toda a história da filosofia ocidental, ao mesmo tempo que se vê envolvido por um thriller que toma um rumo surpreendente.



Impressões


É, o livro inteiro irá falar sobre os grandes pensadores, os filósofos de todas as épocas.
Foi interessante a leitura para ter essa noção cronológica e das ideias condutoras do pensamento filosófico durantes as eras.

Senti falta de um grupo para discutir o que ia lendo, pois como são várias informações, muitas informações mesmo, a maioria acabou perdida em algum lugar da minha cabeça, ou nem chegou a ficar nela. Teria gostado muito de ter lido esse livro antes de minhas aulas de filosofia na faculdade, ia conseguir "linkar" melhor as ideias e seria um pouco mais divertido que ler somente Marilena Chaui em seu livro Convite à filosofia.

Amei também os artifícios usados pelo filósofo exclusivo da Sofia, pois ele apresenta experimentos físicos feito com óculos, rampas e inúmeros objetos para deixar claro os pensamentos sobre o mundo e as leis da física de Galileu e alguns outros. Quem dera os professores usassem mais esse tipo de metodologia, tive professores assim e eles permanecem em minha memória e uma grande parte das informações por eles passadas ainda são lembradas por mim.

Confesso que levei meses lendo esse livro, exatamente pela quantidade de informações e a falta de um coleguinha para discutir e aprofundar as ideias, em alguns momentos ele ficou enfadonho, é, chatinho mesmo, mas como me propus em terminá-lo antes do fim desse ano, meta cumprida!

Quem escreveu?


Jostein Gaarder nasceu na Noruega, em 1952. Estudou filosofia, teologia e literatura. A partir de 1991, ganhou projeção internacional com O mundo de Sofia.


Outras obras:


- O dia do coringa
- Vita brevis
- A garota das laranjas
- A biblioteca mágica de Bibbi Bokken

sábado, 6 de dezembro de 2014

Para 2015

Chegando o novo ano e lá vem a pergunta: Quais serão meus companheiros do ano que vem?


Andei mexendo nos livros que tenho aqui em casa e acabei encontrando 13 livros, um por mês mais o décimo 13º, né?

Escolhi só um por mês, porque, como trabalho em uma biblioteca, sempre, sempre vou achar mais UNS que vou querer ler... então, é melhor já deixar espaço para os "quero ler agora".

META 2015
Janeiro - 1984 de George Orwell
Fevereiro - O mapa do tempo de Félix J. Palma
Março - Admirável mundo novo de Aldous Huxley
Abril -  Um corpo na biblioteca de Agatha Christie
Maio - Estorvo de Chico Buarque
Junho - Os relógios de Agatha Christie
Julho - Benjamim de Chico Buarque
Agosto - O adversário secreto de Agatha Christie
Setembro - Diário de uma paixão de Nicholas Sparks
Outubro - Morte na Mesopotâmia de Agatha Christie
Novembro - Laços de família de Clarice Lispector
Dezembro - A mansão Hollow de Agatha Christie
Décimo terceiro - O cão dos Baskerville de Arthur Conan Doyle, esse está no Kindle e vou lendo quando não estiver com os outros em mãos.

Eu sei, tenho muita Agatha Christie na lista, a explicação é simples, lançaram versões novas dos livros dela e acabei comprando tudo... agora tenho que ler, não é?

1984, estou querendo ler desde o meio de 2014. O que me chamou a atenção é que o nome dele é justamente o ano em que nasci e é do mesmo autor de Revolução dos Bichos, com post aqui no blog. Acho interessante as ideias de George Orwell, acho que vale comemorar o meu aniversário lendo este livro.

Bem, não vou explicar os porquês de todos aqui... quando for lendo e fazendo os post vou falando das escolhas...

sábado, 22 de novembro de 2014

Os elefantes não esquecem de Agatha Christie




Perguntada a respeito da intrigante morte dos pais de sua afilhada, ocorrida há catorze anos, a escritora Ariadne Oliver não vê outra alternativa senão pedir ajuda a seu velho amigo, o detetive Hercule Poirot. Afinal, o que exatamente aconteceu no penhasco onde o casal foi encontrado? Será que um atirou no outro e, em seguida, tirou a própria vida? Ou teria sido um pacto suicida? É chegado o momento de desenterrar velhas lembranças e tentar dar algum sentido a essa surpreendente história.






Impressões


Que grata surpresa encontrar uma senhorinha tão destemida e curiosa como a escritora Ariadne Oliver. Devo confessar que me diverti muito com ela, fiquei com a impressão que ela é um pouco desastrada (como eu) e muito tímida quando recebe elogios pelos livros que escreveu.

Fiquei pensando se ela não tem alguns traços da personalidade da própria Agatha Christie, pois muitas vezes, Ariadne reclama dos inconvenientes da vida de escritora e como é complicado sair de algumas situações nada agradáveis.

A história gira entorno justamente de um desses momentos incômodos, uma senhora, que Ariadne nunca tinha visto antes, a "encurralou" e começou a fazer perguntas sobre uma afilhada da senhora Oliver, que há muito não tinha contato, sobre uma história ainda mais antiga, a morte dos pais dessa afilhada!

É nessa hora que nossa curiosa escritora lembra de seu amigo detetive, sim, ele mesmo, o belga mais cheio de manias já visto: Hercule Poirot, com seu bigode arrumado e seu chapéu inseparável. O chama e conta a estranha história e pede auxílio para descobrir sobre essas mortes tão antigas. E como ela mesmo diz... os elefantes não esquecem... alguém que conviveu com aquele casal deverá se lembrar de algum detalhe que ajudará as células cinzentas de Poirot a descobrir o que aconteceu. Nessa história vemos um Poirot romântico, isso mesmo, um romântico!!!

E sabe o que mais eu gostei nesse livros, encontrei várias referências da autora a outros livros dela. Cada vez que isso ocorria, eu parava e lembrava da história do livro citado, mas não se preocupe, se esse é seu primeiro livro da rainha do crime, ele não trará nenhum spoiler, você só perderá a experiência de fazer esses links divertidos.

Quem escreveu?

Agatha Christie é simplesmente a romancista de maior vendagem de títulos da história, atrás apenas da Bíblia e de Shakespeare, razão pela qual é conhecida como a Rainha do Crime. Seus oitenta romances policiais e coletâneas de contos já foram publicados em mais de uma centena de línguas no mundo inteiro. O sucesso de sua obra, ampliado pelas inúmeras adaptações para o cinema e para a tevê, é um tributo ao eterno fascínio de seus personagens e à absoluta engenhosidade de suas tramas.


Outras obras:



quarta-feira, 13 de agosto de 2014

A revolução dos bichos de George Orwell #LendoOrwell






Cansados da exploração a que são submetidos pelos humanos, os animais da Granja do Solar rebelam-se contra seus donos e tomam posse da fazenda, com o objetivo de instituir um sistema cooperativo e igualitário, sob o slogan "Quatro pernas bom, duas pernas ruim".
Instrumentalizada na época da Guerra Fria como arma anticomunista, A revolução dos bichos transcende os marcos históricos da ditadura stalinista que a inspirou e resplandece hoje, passados mais de sessenta anos de seu surgimento, como uma das mais extraordinárias fábulas sobre o poder que a literatura já produziu.





Impressões


Esse livro é uma fábula, sim, aquele tipo de narrativa usada para ensinar alguns conceitos mais complicados para as crianças. Mas não pense que isso vai proporcionar uma leitura infantilizada, pelo contrário, o autor possuí uma escrita fluída e inteligente, nos fazendo percorrer facilmente suas 121 páginas.

O autor escolheu esse gênero porque ele queria uma "história que fosse fácil de compreender por qualquer pessoas e fácil de traduzir para outras línguas". A verdadeira missão desse livro era denunciar o mito soviético.

Mito soviético, o que é isso?!?!
Aqui precisei parar e pesquisar um pouco mais sobre Guerra Fria, socialismos, totalitarismo, stalinismo, leninismo... em suma, entender o que acontecia no período em que este livro foi escrito. (Porque livro bom é assim, você corre atrás das indagações deixadas).

George começou a pensar neste livro no ano de 1937, sendo escrito em 1943. Nessa época acontecia de tudo no mundo, inclusive guerras... e qual a novidade disso, hoje dia também é assim... Tudo bem, eu concordo com você, mas naquela época eles estavam apoiando-se nas ideias comunistas de Marx, sim aquele tal Karl Marx das aulas de sociologia. Falando em linhas bem gerais, esse pensador acreditava que a classe trabalhadora deveria tomar o poder e com isso, não haveria mais as diferenças de classes sociais, passando a existir um mundo igualitário para todos.

Na Rússia, em 1917, houve um levante popular que derrubou um governo autoritarista, onde se trabalhava muito e ganhava pouco e criou-se o primeiro país socialista. Ser um país socialista significava estar a caminho do comunismo, isso aí, chegar nessa ideia pregada por Marx, o mundo igual para todos, sem divisão de classes.

Mas, no meio do caminho temos Stalin, que foi um dirigente totalitário, que tinha uma interpretação MUITO particular do marxismo, ele dava uma "arrumadinha" nos pensamentos de Marx para que as coisas acontecessem conforme sua vontade.

Então, o que seria esse tal Mito Soviético? Era acreditar que todos estavam trabalhando por um país igualitário, porém “todos os bichos são iguais, mas alguns bichos são mais iguais que outros”, como disse Orwell. Umas pessoas tinham direito a ter mais regalias que outras, enquanto os outros trabalhavam mais e ganhavam menos para manter "os mais iguais".

Lembrando dessas aulas de História, o livro fica ainda melhor. Queria ter estudado essa parte da história depois de ter lido esse livro, com certeza, teria sido muito mais interessante! E se você pensa que o livro é pontual para a situação que descrevi, sinto muito, mas está totalmente enganado... o livro mostra-se atual, contemporâneo e diário. Queria poder dizer que evoluímos, mas não... nossa "democracia" ainda se caracteriza fortemente como uma sistema totalitário e de "bichos" que são mais iguais que outros.

Quem escreveu?


George Orwell é indiano, de pais ingleses. Ele nasceu em 1903. Seu verdadeiro nome é Eric Arthur Blair e foi jornalista, crítico e romancista. Morreu em 1950 de tuberculose.

Outras obras:


- 1984
- Dentro da baleia e outros ensaios
- A flor da Inglaterra
- Na pior em Paris e Londres