Google+ Li e Indico: julho 2015

sexta-feira, 31 de julho de 2015

Benjamim de Chico Buarque



Girando em torno da obsessão pela morte de uma mulher, um enigma na vida do protagonista, Benjamim, o segundo romance de Chico Buarque, narra a história de um ex-modelo fotográfico que, como uma câmara invisível, vê o mundo desfilar diante de seus olhos sob uma atmosfera opressiva. Sem conseguir distinguir o que vê fora de si do seu passado, e de si mesmo, Benjamim avança, pouco a pouco, em direção ao destino trágico que sua obsessão lhe reserva. O clima opressivo é resultado do próprio estilo de narrar. O autor retoma e amplifica o universo imaginário de seu romance anterior, Estorvo, para criar um dos livros mais originais recentemente escritos no Brasil.




Impressões

Escrita perfeita, mas como sempre a história é muito triste. Sempre ocorre um grande ou vários pequenos desencontros.
Ler Chico, para mim, é sempre um incômodo, uma agonia, uma tristeza.
Agora, fica na memória a dor, o sofrimento e toda as coisas que poderiam ter acontecido, mas não aconteceram.
Será que a vida é sempre como Chico Buarque descreve? Espero que não, mas temo que ele descreva muito bem a vida da maioria da população brasileira.
Uma eterna falta de sorte e de coragem, uma vida regida mais pelos outros que pelo próprio indivíduo.
É sempre um mau começo fadado a um mau final.


Quem escreveu?

Francisco Buarque de Holanda (Chico Buarque)  Francisco Buarque de Hollanda, mais conhecido por Chico Buarque, nasceu no Rio de Janeiro, em 1944 é um músico, dramaturgo e escritor brasileiro. É conhecido por ser um dos maiores nomes da música popular brasileira.

Outras obras de Chico Buarque:


- Budapeste
- Estorvo
- Leite derramado
- Fazenda modelo
- O irmão alemão



domingo, 12 de julho de 2015

O sol é para todos de Harper Lee






Scout narra a rotina de um ambiente rural e pacato, as férias de verão com o irmão, Jem, e o melhor amigo deles, Dill, a curiosidade com os vizinhos, as travessuras inventadas, as aventuras na escola e a vida em família. O conjunto de pequenos casos nos transporta a um lugar de aparente quietude. No entanto, esse suposto relaxamento se transforma em desespero quando vemos a reação da população de Maycomb diante da denúncia contra Tom Robinson.





Impressões

Que livro lindo, sensível e cheio de amor!

Dizem que seu tema principal é o racismo, discordo disso, acredito que ele fale muito mais sobre o respeito que devemos ter com o outro, independente de qualquer diferença física ou ideológica. Relata sobre a importância de termos uma vida reta, obediente aos valores que acreditamos mesmo que isso nos custe muito.

É lindo ver o comprometimento do pai em criar duas crianças que sejam éticas e que olhem para o outro de forma igual e que trate com respeito todo o ser humano.

A autora foi muito feliz em trazer essa história pelos olhos de uma menina entre seus 6 a 8 anos, quando ainda temos o coração puro e as bobagens que pensamos quando crescemos ainda são todas regidas pela pura lógica.

Gente é gente, independente de como se pareça ou haja.
Ser nós mesmo ainda é o natural, não temos formas de ser para cada situação.

Li e indico muito! Uma escrita cativante e que te faz refletir em quais situações você está se deixando levar pela opinião dos outros e exercendo uma atitude descriminatória.

Deixo uma das muitas frases espetaculares desse livro. 


Quem escreveu?


Sair de Monroeville para Nova York foi a decisão mais acertada da vida de Harper Lee. Ao contrário da esmagadora maioria de escritores que traçam o mesmo caminho, Lee — ostentando um estilo tomboy, com o curso de Direito pela metade — chegou à cidade mais promissora dos Estados Unidos em 1949, fez amigos, conseguiu emprego, escreveu um romance que chegou às listas dos mais vendidos do país, ganhou o Pulitzer, teve seu livro adaptado para o cinema e ainda levou o Oscar. Tudo isso entre as décadas de 50 e 60. Feitos nada comuns para uma menina do interior, mesmo nos EUA.

Outras obras:


- Go Set a Watchman (sem edição no Brasil)

sábado, 4 de julho de 2015

Os relógio de Agatha Christie





Ate que ponto o mestre do crime, Hercule Poirot, pode servi-se tão somente de seu raciocínio para desvendar um misterioso assassinato? Bastará sua inteligência e perspicácia, ou sua presença no local é imprescindível? Quando um homem desconhecido é morto na casa de uma velha cega, onde quatro relógios marcam com precisão o mesmo horário, seu amigo e também detetive, Colin Lamb, o incitará a desvendar esse mistério apenas pela dedução.






Impressões

Não entrou no top 10, mas não posso negar que foi um livro muito bom!
Agatha trouxe um Poirot com bastante anos acumulados... um detetive aposentado. Nesse livro ele não vai ser aquela pessoa que simplesmente some e todos se perguntam, para onde ele foi? E quando retorna já sabe tudo o que aconteceu...
Aqui o desafio é ele resolver todo o mistério sem sair de sua casa.

Agatha continua com suas tiradas cheias de humor, olha isso:

“Eu não teria deixado ele entrar. Nem corretor de seguro, nem vendedor de aspirador de pó ou da Enciclopédia Britânica. Nada desse tipo. Miss Pebmarsh não tolerava vendedor de porta e eu também não.”

“Seu irmão refletiu que de fato parecia bem improvável. Se ele estivesse escolhendo uma vítima, não iria escolher a irmã. Se alguém tentasse algo contra ela, era mais provável acabar nocauteado por um atiçador de chumbo e entregue à polícia sangrando e humilhado.”

Você seriamente procurando o culpado e ela tirando onda.

Indico muito a leitura, acho sempre muito divertido ler Agatha, ela será sempre minha favorita!

Quem escreveu?


Agatha Christie (1890-1976) é a mais famosa escritora de romances policiais do mundo, e uma das escritoras mais vendidas e traduzidas em todos os tempos. Durante praticamente cinquenta anos, a autora inglesa, considerada a Rainha do Crime, escreveu oitenta romances, várias coletâneas de contos e doze peças teatrais.