Google+ Li e Indico: 2015

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

A mansão Hollow de Agatha Christie



Um inofensivo convite para almoçar na Mansão Hollow logo se transforma em mais um caso a ser desvendado por Hercule Poirot. A cena do crime parece um tanto artificial: o corpo de um homem agonizando na beira da piscina, sua mulher logo ao lado segurando um revólver, e ainda três testemunhas. Seria na verdade uma encenação, uma brincadeira de mau gosto para provocar o detetive? Infelizmente, para a vítima, não.
Indo contra todas as evidências, Poirot não demora a descobrir que a arma que aquela mulher tinha nas mãos não era a mesma que matou seu marido. O que aconteceu, então?





Impressões

Acho interessante como uma pessoa pode ter várias maneiras de fazer a mesma coisa. Agatha nesse livro mostra um tom diferente em sua narrativa dos outros que li, e não posso dizer que foram poucos. Aqui os personagens se apresentaram mais pessoais, deu para ver mais a personalidade de cada um. A indagação continuou a mesma: quem cometeu o assassinato? E nosso bom e velho bigodudo está lá nos confundindo mais que esclarecendo, nos levando a enxergar coisas essenciais, mas, que fazem mais sentido na cabeça dele que na nossa. Não sei se já disse isso, mas Poirot é meu detetive preferido! Amo como ele me engana e sempre me leva na direção errada.

Mesmo já sabendo dessa artimanha da autora, de mostrar informações essenciais e direcionar mais enfaticamente a culpa em algum personagem, sempre penso... não foi essa pessoa, então, percebemos a genialidade da autora, ela leva o leitor na direção que deseja, você acha que vai dominar a leitura e quando chega ao fim do livro se vê, mais uma vez, vencido por ela. Confesso, já entro na leitura com um ar de derrota! Digo: - Ok, sei que vai me vencer, mas não vou me privar do prazer de tentar descobrir mais uma vez.

Mas sabe o que faz ler tanta Agatha? Vou te dizer, se pego um livro que o autor não tenha tanta habilidade, um filme que não tenha um bom enredo, descubro tudo antes da metade. É, ler Agatha cria em você um pensamento lógico, que só histórias muito bem desenhadas irão te enganar.

Como sempre, não posso comentar detalhes da trama sem entregar informações que estragariam a diversão da leitura, mas garanto, ótima leitura! Li e indico!

Quem escreveu?

Agatha Christie (1890-1976) é a mais famosa escritora de romances policiais do mundo, e uma das escritoras mais vendidas e traduzidas em todos os tempos. Durante praticamente cinquenta anos, a autora inglesa, considerada a Rainha do Crime, escreveu oitenta romances, várias coletâneas de contos e doze peças teatrais.

Outras obras de Agatha Christie:

- Morte na Mesopotâmia
- O adversário secreto

domingo, 6 de dezembro de 2015

Laços de família de Clarisse Lispector

Laços de Família, publicado pela primeira vez em 1960, é um tesouro da ourivesaria literária. São treze contos, hoje tidos como clássicos. Entre eles, os festejadíssimos "Amor", "O crime do professor de Matemática", "O búfalo" e "Feliz aniversário", adaptado para a televisão por Ziembinsky. Neles s personagens são sempre surpreendidos por uma modalidade perturbadora do insólito, no meio da banalidade de seus cotidianos. Clarice cria situações onde uma revelação, que desconstrói e ameaça a realidade, desvela a existência e aponta para uma apreensão filosófica da vida. Em Laços de família, Clarice aprofunda sua técnica narrativa em uma abordagem quase fenomenológica. Trata da solidão, a morte, a incomunicabilidade e os abismos da existência através da rotina de dona-de-casa, do mergulho trágico em uma festa familiar nos 89 anos da matriarca, da domesticação da natureza mais selvagem das mulheres, ou dos pequenos crimes cometidos contra a consciência, contra o drama do professor de Matemática diante do abandono e da sacerdotisa da nossa literatura.

Impressões

Eu e o meu problema com contos, sempre fico querendo mais explicações. Para mim os textos estão incompletos, estão faltando algumas explicações.
E Clarisse também não ajuda muito, sempre com assuntos densos e que nos pedem atenção e reflexão.

Em uma palavra, tristeza, isso foi o que senti em cada conto, pessoas com vontade de fugir de suas vidas em família, se descobrindo infelizes ou sozinhas, por acontecimento os escolhas feitas.

Respire fundo e embarque com cautela para lidar com sentimentos profundos em histórias rápidas! Não foi meu preferido da autora, mas ler Clarisse sempre vale a pena!

Quem escreveu?

Reconhecida pela crítica literária brasileira e estrangeira como uma das maiores escritoras do século XX, Clarice Lispector mudou os rumos da narrativa moderna com uma escrita singular, passando por diversos gêneros, do conto ao romance, da crônica à dramaturgia, da entrevista à correspondência e, também, pelas páginas femininas.

Clarice nasceu em 1920, na Ucrânia, então uma das repúblicas da extinta União Soviética. De família judia, chegou ao Brasil com os pais e mais duas irmãs em 1922 e foi naturalizada brasileira. Morou primeiro em Maceió e depois em Recife, onde passou a infância. Perdeu a mãe em 1930 e, três anos depois, o pai mudou-se com as filhas para o Rio de Janeiro. No Rio, Clarice formou-se em Direito, trabalhou como jornalista e iniciou sua carreira literária com o romance Perto do coração selvagem, em 1943. Viveu muitos anos no exterior, em função do casamento com o diplomata Maury Gurgel Valente, com quem teve dois filhos, Pedro e Paulo. Clarice morreu em 9 de dezembro de 1977, no Rio de Janeiro, um dia antes de completar 57 anos.

Outras obras de Clarisse Lispector:


- A paixão segundo G.H.
- A via crucis do corpo

sábado, 7 de novembro de 2015

Americanah de Chimamanda Ngozi Adichie

Uma história de amor implacável que trata de questões de raça, gênero e identidade.
Lagos, anos 1990. Enquanto Ifemelu e Obinze vivem o idílio do primeiro amor, a Nigéria enfrenta tempos sombrios sob um governo militar. Em busca de alternativas às universidades nacionais, paralisadas por sucessivas greves, a jovem Ifemelu muda-se para os Estados Unidos. Ao mesmo tempo que se destaca no meio acadêmico, ela se depara pela primeira vez com a questão racial e com as agruras da vida de imigrante, mulher e negra.
Quinze anos mais tarde, Ifemelu é uma blogueira aclamada nos Estados Unidos, mas o tempo e o sucesso não atenuaram o apego à sua terra natal, tampouco anularam sua ligação com Obinze. Quando ela volta para a Nigéria, terá de encontrar seu lugar num país muito diferente do que deixou e na vida de seu companheiro de adolescência.
Principal autora nigeriana de sua geração e uma das mais destacadas da cena literária internacional, Chimamanda Ngozi Adichie parte de uma história de amor para debater questões prementes e universais como imigração, preconceito racial e desigualdade de gênero. Bem-humorado, sagaz e implacável, Americanah é, além de seu romance mais arrebatador, um épico contemporâneo.

Impressões

Minha relação com esse livro foi conflituosa. Ouvi falar super bem sobre a autora e logo chegou esse livro na biblioteca que trabalho. Eu, como uma esperta bibliotecária, já fui atrás de emprestá-lo e devo dizer que devorei a primeira metade do livro.

Ele foi bem esclarecedor sobre como o negro se vê perante as diversas formas de preconceitos e fala muito sobre o preconceito velado, aquele que no elogio você sente um favorecimento por causa da cor da sua pele e não pelos méritos de fazer algo bem.

Toda a questão dos racismo é trabalhando como plano de fundo das relações sociais de Ifemelu, é através dos olhos dela que percebemos como ela é afetada


Estava gostando muito da temática e como a autora levava a história, mas chegando na segunda metade do livro, não sei explicar bem, aconteceu um desencanto, uma leitura que não fluía e simplesmente abandonei o livro por uns bons meses.

Ao retomar, já sabendo que a leitura não seria empolgante como antes, terminei o livro, mas infelizmente, mesmo chegando ao fim, não gostei dos rumos que a história tomou. O tema racismo que estava me empolgando tanto no livro some e ficamos apenas com as neuras de uma mulher querendo ser aceita novamente por seu povo, mas principalmente abrindo mão de muitas convicções para ficar com seu ex-namorado.

Fiquei desapontada com o fim desse romance, mas quem sabe não pegue algum outro livro da autora?

Quem escreveu?

Nasceu em Enugu, na Nigéria, em 1977. Sua obra foi traduzida para mais de trinta línguas e apareceu em inúmeras publicações, entre elas a New Yorker e a Granta. Recebeu diversos prêmios, entre eles o Orange Prize e o National Book Critics Circle Award. Vive entre a Nigéria e os Estados Unidos.

Outras obras de Chimamanda Ngozi Adichie:


- Hibisco roxo
- Meio sol amarelo

domingo, 25 de outubro de 2015

Morte na Mesopotâmia de Agatha Christie



A enfermeira Amy Leatheran é contratada para se juntar a uma expedição arqueológica no Iraque. Mas sua função ali tem bem pouco a ver com ruínas e artefatos: ela deve vigiar de perto a bela Luise Leidner, que está cada vez mais apavorada com a ideia de que talvez seu ex-marido não esteja tão morto quando acreditava.
Luise pode estar imaginando coisas. Mas o fato é que, uma semana após a chegada da enfermeira, a mulher é encontrada morta no próprio quarto, e agora cabe a Hercule Poirot identificar o assassino. Quem terá sido? Tudo indica que o culpado está entre os membros da equipe de cientistas... 





Impressões

Se você não sabia, dona Agatha era uma pessoa que viajava muito, principalmente para lugares onde as escavações levam a descobertas históricas, isso porque, seu segundo marido, isso minha gente, seus segundo marido era arqueólogo.

E, para nossa sorte, todas essas passeadas pelo mundo renderam livros com plano de fundo nesses lugares e esse, que li esse mês, usou a própria profissão do marido como norte para a história.

O que vamos ter aqui? Bem, um assassinato e alguns suspeitos. Grande novidade, você dirá. Até aí, o enredo é o mesmo, e como sempre, aquele final surpreendente, porém, temos na trama, uma mulher assombrada por seu passado, sofrendo constantemente ameaças de seu ex-marido. Sempre que ela resolvia ter um novo relacionamento recebia cartas assinadas por ele prometendo que iria matá-la, por conta disso, nenhum de seus relacionamentos evoluíram.

Após alguns anos, ela conheceu um arqueólogo e se viu apaixonada por ele e conseguiu se casar, passaram dois anos e as cartas ameaçadoras voltaram a amedrontá-la. Ela estava com seu marido em uma expedição arqueológica na Mesopotâmia junto com outros profissionais, amigos de seu esposo de longa data.

Nesse momento o crime acontece, ela morre dentro de seu quarto trancado com uma pancada na cabeça. Como ela foi assassinada nesse ambiente?

Quem escreveu?

Agatha Christie (1890-1976) é a mais famosa escritora de romances policiais do mundo, e uma das escritoras mais vendidas e traduzidas em todos os tempos. Durante praticamente cinquenta anos, a autora inglesa, considerada a Rainha do Crime, escreveu oitenta romances, várias coletâneas de contos e doze peças teatrais.

Outras obras de Agatha Christie:


domingo, 11 de outubro de 2015

Diário de uma paixão de Nicholas Sparks


“Não sou nada especial; disso estou certo. Sou um homem comum, com pensamentos comuns e vivi uma vida comum. Não há monumentos dedicados a mim, e o meu nome em breve será esquecido, mas amei outra pessoa com toda a minha alma e coração e, para mim, isso sempre bastou.”; Noah Calhoun.
Assim tem início uma das mais emocionantes e intensas histórias de amor que você lerá na vida. O livro é o retrato de uma relação rara e bela, que resistiu ao teste do tempo e das circunstâncias.
Com um encanto raramente encontrado na literatura atual, o Diário de uma paixão, de Nicholas Sparks, o consagra como um contador de histórias clássicas, com uma perspectiva excepcional sobre a mais importante e única emoção que nos mantém. Com mais de 12 milhões de cópias vendidas, o livro que emocionou as pessoas ao redor do mundo foi traduzido para mais de 20 línguas. 

Impressões

Comecei não acreditando na história, uma enrolação, bem historinha de banca. Uma mocinha entre dois amores. Um perfeito para a família e um outro que ela realmente amava, mas que não tem o perfil aceitável para sua vida social.

Mas depois da metade do livro, aí sim você começa a se surpreender, a história começa a se desenvolver mostrando uma linda história de amor.

Bem, já aviso logo, pegue algumas caixinhas de lencinhos de papel, o chororó irá começar e não parará mais. Eu, uma leitora de transporte público, passei vergonha das grandes, fui e voltei chorando muito, muito mesmo! E quando cheguei em casa, com os olhos vermelhos, meu marido logo se assustou e perguntou: - O que aconteceu? - E eu respondi: - Nada, só o livro que acabei de ler.

Por aí vocês podem entender meu estado, fiquei uns dias ainda com o livro comigo, mesmo já o tendo terminado.

Vou indicar, assim como me indicaram, mas logo aviso, seja persistente com a primeira metade do livro, vai valer a pena para se emocionar com a outra metade. 

Quem escreveu?

Nicholas Sparks é um dos escritores mais adorados do mundo, oito vezes considerado o número 1 de acordo com o New York Times, com mais de 50 milhões de cópias impressas em todo o mundo. Todos os seus livros foram considerados sucessos dentro e fora dos Estados Unidos, sendo traduzidos para mais de quarenta idiomas. Vários dos romances de Nicholas Sparks foram adaptados para filmes, como "Querido John", "A Última Música" e "Noites de Tormenta". Ele mora na Carolina do Norte com sua esposa e família.

Outras obras de Nicholas Sparks:


- Um amor para recordar

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

O adversário secreto de Agatha Christie






Se os crimes passionais e por ganância que marcam várias das novelas policiais de Agatha Christie já são os mais envolventes da literatura policial, que dirá de uma trama que trata de espionagem internacional? E se os velhos detetives Poirot e Miss Marple são joviais e empolgados, o que diríamos de uma dupla de jovens apaixonados, ávidos por dinheiro e aventura? São esses os ingredientes que fazem de  O adversário secreto uma das mais eletrizantes histórias da rainha do crime.





Impressões

Amei conhecer essa dupla, são bem Jovens Aventureiros mesmo! E Agatha está toda feliz escrevendo um romance entre os personagens. Não conhecia muito esse lado dela.
Bem, mas vamos para a história. Estamos as voltas com a Primeira Guerra Mundial e temos todo o clima de espionagem e documentos importantes prestes a caírem nas mãos dos inimigos. No meio de tudo isso, conhecemos Jane Finn, uma mulher escolhida para proteger algumas informações importantes enquanto o navio está afundando.
Ela, ao chegar em terra firme some e inicia-se uma "caça" dos mocinhos e bandidos para encontrar a moça. Entre os que a procuram estão Tommy e Tuppence, dois amigos de juventude e que se reencontraram a pouco tempo formando uma dupla de investigadores.
Bem, depois dessa dupla formada, segurem bem o livro... as aventuras vão começar!
Perseguição, sumiços, encontros, pistas certas e erradas... muitos bilhetes e desencontros e, como sempre, um final com aquela pergunta; Por que não pensei nisso antes?

Amei conhecer esses dois!!!

Quem escreveu?

Agatha Christie (1890-1976) é a mais famosa escritora de romances policiais do mundo, e uma das escritoras mais vendidas e traduzidas em todos os tempos. Durante praticamente cinquenta anos, a autora inglesa, considerada a Rainha do Crime, escreveu oitenta romances, várias coletâneas de contos e doze peças teatrais.

Outras obras de Agatha Christie:





sexta-feira, 31 de julho de 2015

Benjamim de Chico Buarque



Girando em torno da obsessão pela morte de uma mulher, um enigma na vida do protagonista, Benjamim, o segundo romance de Chico Buarque, narra a história de um ex-modelo fotográfico que, como uma câmara invisível, vê o mundo desfilar diante de seus olhos sob uma atmosfera opressiva. Sem conseguir distinguir o que vê fora de si do seu passado, e de si mesmo, Benjamim avança, pouco a pouco, em direção ao destino trágico que sua obsessão lhe reserva. O clima opressivo é resultado do próprio estilo de narrar. O autor retoma e amplifica o universo imaginário de seu romance anterior, Estorvo, para criar um dos livros mais originais recentemente escritos no Brasil.




Impressões

Escrita perfeita, mas como sempre a história é muito triste. Sempre ocorre um grande ou vários pequenos desencontros.
Ler Chico, para mim, é sempre um incômodo, uma agonia, uma tristeza.
Agora, fica na memória a dor, o sofrimento e toda as coisas que poderiam ter acontecido, mas não aconteceram.
Será que a vida é sempre como Chico Buarque descreve? Espero que não, mas temo que ele descreva muito bem a vida da maioria da população brasileira.
Uma eterna falta de sorte e de coragem, uma vida regida mais pelos outros que pelo próprio indivíduo.
É sempre um mau começo fadado a um mau final.


Quem escreveu?

Francisco Buarque de Holanda (Chico Buarque)  Francisco Buarque de Hollanda, mais conhecido por Chico Buarque, nasceu no Rio de Janeiro, em 1944 é um músico, dramaturgo e escritor brasileiro. É conhecido por ser um dos maiores nomes da música popular brasileira.

Outras obras de Chico Buarque:


- Budapeste
- Estorvo
- Leite derramado
- Fazenda modelo
- O irmão alemão



domingo, 12 de julho de 2015

O sol é para todos de Harper Lee






Scout narra a rotina de um ambiente rural e pacato, as férias de verão com o irmão, Jem, e o melhor amigo deles, Dill, a curiosidade com os vizinhos, as travessuras inventadas, as aventuras na escola e a vida em família. O conjunto de pequenos casos nos transporta a um lugar de aparente quietude. No entanto, esse suposto relaxamento se transforma em desespero quando vemos a reação da população de Maycomb diante da denúncia contra Tom Robinson.





Impressões

Que livro lindo, sensível e cheio de amor!

Dizem que seu tema principal é o racismo, discordo disso, acredito que ele fale muito mais sobre o respeito que devemos ter com o outro, independente de qualquer diferença física ou ideológica. Relata sobre a importância de termos uma vida reta, obediente aos valores que acreditamos mesmo que isso nos custe muito.

É lindo ver o comprometimento do pai em criar duas crianças que sejam éticas e que olhem para o outro de forma igual e que trate com respeito todo o ser humano.

A autora foi muito feliz em trazer essa história pelos olhos de uma menina entre seus 6 a 8 anos, quando ainda temos o coração puro e as bobagens que pensamos quando crescemos ainda são todas regidas pela pura lógica.

Gente é gente, independente de como se pareça ou haja.
Ser nós mesmo ainda é o natural, não temos formas de ser para cada situação.

Li e indico muito! Uma escrita cativante e que te faz refletir em quais situações você está se deixando levar pela opinião dos outros e exercendo uma atitude descriminatória.

Deixo uma das muitas frases espetaculares desse livro. 


Quem escreveu?


Sair de Monroeville para Nova York foi a decisão mais acertada da vida de Harper Lee. Ao contrário da esmagadora maioria de escritores que traçam o mesmo caminho, Lee — ostentando um estilo tomboy, com o curso de Direito pela metade — chegou à cidade mais promissora dos Estados Unidos em 1949, fez amigos, conseguiu emprego, escreveu um romance que chegou às listas dos mais vendidos do país, ganhou o Pulitzer, teve seu livro adaptado para o cinema e ainda levou o Oscar. Tudo isso entre as décadas de 50 e 60. Feitos nada comuns para uma menina do interior, mesmo nos EUA.

Outras obras:


- Go Set a Watchman (sem edição no Brasil)

sábado, 4 de julho de 2015

Os relógio de Agatha Christie





Ate que ponto o mestre do crime, Hercule Poirot, pode servi-se tão somente de seu raciocínio para desvendar um misterioso assassinato? Bastará sua inteligência e perspicácia, ou sua presença no local é imprescindível? Quando um homem desconhecido é morto na casa de uma velha cega, onde quatro relógios marcam com precisão o mesmo horário, seu amigo e também detetive, Colin Lamb, o incitará a desvendar esse mistério apenas pela dedução.






Impressões

Não entrou no top 10, mas não posso negar que foi um livro muito bom!
Agatha trouxe um Poirot com bastante anos acumulados... um detetive aposentado. Nesse livro ele não vai ser aquela pessoa que simplesmente some e todos se perguntam, para onde ele foi? E quando retorna já sabe tudo o que aconteceu...
Aqui o desafio é ele resolver todo o mistério sem sair de sua casa.

Agatha continua com suas tiradas cheias de humor, olha isso:

“Eu não teria deixado ele entrar. Nem corretor de seguro, nem vendedor de aspirador de pó ou da Enciclopédia Britânica. Nada desse tipo. Miss Pebmarsh não tolerava vendedor de porta e eu também não.”

“Seu irmão refletiu que de fato parecia bem improvável. Se ele estivesse escolhendo uma vítima, não iria escolher a irmã. Se alguém tentasse algo contra ela, era mais provável acabar nocauteado por um atiçador de chumbo e entregue à polícia sangrando e humilhado.”

Você seriamente procurando o culpado e ela tirando onda.

Indico muito a leitura, acho sempre muito divertido ler Agatha, ela será sempre minha favorita!

Quem escreveu?


Agatha Christie (1890-1976) é a mais famosa escritora de romances policiais do mundo, e uma das escritoras mais vendidas e traduzidas em todos os tempos. Durante praticamente cinquenta anos, a autora inglesa, considerada a Rainha do Crime, escreveu oitenta romances, várias coletâneas de contos e doze peças teatrais.

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Estorvo de Chico Buarque





A campainha insiste, o olho mágico altera o rosto atrás da porta e o narrador inicia uma trajetória obsessiva, pela qual depara com situações e personagens estranhamente familiares.Narrado em primeira pessoa, Estorvo se mantém constantemente no limite entre o sonho e a vigília, projeções de um desespero subjetivo e crônica do cotidiano. E o olho mágico que filtra o rosto do visitante misterioso talvez seja a melhor metáfora da visão deformada com que o narrador, e o leitor com ele, seguirá sua odisséia.





Impressões

Como o nome diz... que estorvo!
Para quem não sabe o que esta palavrinha significa, segue o verbete:

estorvo
ô/
substantivo masculino
1.
aquilo que impede, embaraça a realização ou o desenvolvimento de algo; dificuldade, embaraço, obstáculo, estorvamento.
2.
p.ext. pessoa ou acontecimento que causa aborrecimento a outrem.

Inacreditável! Livro fininho mais que dificultou sua leitura até o fim... Terminei de ler esse livro faz uns 15 dias e demorei para resenhar porque não senti muita vontade de expressar minhas ideias sobre a obra.

O personagem é um egocêntrico, tão egocêntrico, que só ele tem voz no livro... é isso mesmo! Narração do ponto de vista dele, sem nenhum diálogo ou interferência de nenhum outro olhar. E sabe o que é mais incrível? Ele consegue ser chato, um impeditivo, literalmente um estorvo, mesmo sendo ele que conta a própria história. É muita capacidade de ser um inútil mesmo!

Se essa foi a intenção do Chico, de criar um livro estorvante, ele acertou em cheio! Livro que só de lembrar já sinto o incômodo!

Quem escreveu?


Francisco Buarque de Holanda (Chico Buarque)  Francisco Buarque de Hollanda, mais conhecido por Chico Buarque, nasceu no Rio de Janeiro, em 1944 é um músico, dramaturgo e escritor brasileiro. É conhecido por ser um dos maiores nomes da música popular brasileira.

Outras obras de Chico Buarque:


- Budapeste
- Leite derramado
- Fazenda modelo
- O irmão alemão

sábado, 11 de abril de 2015

A biblioteca mágica de Bibbi Bokken de Jostein Gaarden e Klaus Hagerup



Havia alguma coisa incomum naquela mulher que o garoto Nils encontrou numa livraria, quando comprava um diário para iniciar uma correspondência com a prima Berit. A mulher, uma certa Bibbi Bokken, vagava diante das estantes numa espécie de transe, olhando para os livros como se fossem de chocolate ou marzipã. Quando Nils foi pagar a conta, ela ofereceu uma contribuição; tudo muito estranho.
Os dois primos decidiram investigar quem era a tal mulher e o porquê de suas atitudes suspeitas - as duas perguntas básicas de uma boa história de detetives. E, nessa investigação, acabam conhecendo a história dos livros, das bibliotecas e do fascínio que eles exercem sobre as pessoas há séculos.




Impressões

Um livro rapidinho de ser lido, mas devo confessar que não foi a melhor leitura do ano. Não que o livro seja ruim ou mal escrito, simplesmente, ele foi escrito para um público infanto juvenil, que não sou eu.

Li pela curiosidade de como retratariam a figura do bibliotecário, e posso dizer que achei um pouco bizarra, não me senti muito representada, sim pessoas, eu sou bibliotecária. Mas a personagem irá cumprir seu papel para a verdadeira razão de ser do livro, apresentar como uma biblioteca é organizada e falar um pouco de sua função social, além de passar rapidamente sobre a história do livro.

Li e indico para crianças/adolescentes de 10 a 12 anos que gostam de aventura, perigo e uma pitada de mistério.

Quem escreveu?


Jostein Gaarder nasceu na Noruega, em 1952. Estudou filosofia, teologia e literatura. A partir de 1991, ganhou projeção internacional com O mundo de Sofia.

Klaus Hagerup, nascido em1946, é poeta, diretor teatral e autor infantojuvenil premiado na Noruega.

Outras obras de Jostein Gaarden:


- O dia do coringa
- Vita brevis
- A garota das laranjas
- O mundo de Sofia

terça-feira, 7 de abril de 2015

Um corpo na biblioteca de Agatha Christie





O corpo de uma jovem é encontrado no tapete da biblioteca dos Bantry, às sete da manhã. A vítima é uma completa desconhecida e o casal Bantry decide chamar as autoridades para investigar o caso — e também, é claro, Miss Marple, detetive amadora e amiga da sra. Bantry.
Tudo se complica ainda mais quando chega até eles a notícia de outra adolescente morta, carbonizada dentro de um carro incendiado em uma pedreira. Qual será a possível conexão entre os dois incidentes?





Impressões

Ri muito lendo o diálogo inicial entre Dolly e Arthur quando são acordados com a notícia: existe um corpo na biblioteca. Passou exatamente a sensação de sonolência e a falta de entendimento das coisas que estavam acontecendo. Ali você já nota a cumplicidade desses dois.

Achei mirradas as aparições  de Miss Marple, devo dizer que esse é o primeiro que leio com ela, não sei se ela é mais ativa nas outras histórias... Acho que fiquei esperando a Ariadne, bem mais maluquinha e divertida.

Como sempre, encontramos um final surpreendente, mas esse livro não foi aquele que me tirou o fôlego, pois, a maioria das vezes que leio Agatha, sinto um desespero, uma ansiedade pelo final. Nesse, o caso não me empolgou muito, mas a leitura foi agradável e engraçada em diversos pontos. Bem, ler Agatha Christie nunca é tempo perdido!

Quem escreveu?


Agatha Christie é simplesmente a romancista de maior vendagem de títulos da história, atrás apenas da Bíblia e de Shakespeare, razão pela qual é conhecida como a Rainha do Crime. Seus oitenta romances policiais e coletâneas de contos já foram publicados em mais de uma centena de línguas no mundo inteiro. O sucesso de sua obra, ampliado pelas inúmeras adaptações para o cinema e para a tevê, é um tributo ao eterno fascínio de seus personagens e à absoluta engenhosidade de suas tramas.

Outras obras:


- Morte na Mesopotâmia
- A mansão Hollow

domingo, 29 de março de 2015

Como o Google funciona de Eric Schmidt e Jonathan Rosenberg




Enquanto Larry falava, Jonathan se deu conta de que os engenheiros a quem ele se referia não se restringiam à definição tradicional do cargo. Sim, eles eram programadores e analistas de sistemas brilhantes, mas além do profundo conhecimento técnico, muitos também tinham tino comercial e uma saudável veia criativa. Vindos de uma formação acadêmica, Larry e Sergey deram a esses funcionários poder e liberdade incomuns. Não funcionaria gerenciá-los seguindo estruturas de planejamento tradicionais, que poderiam guiá-los, mas também limitar seus movimentos. "Por que você faria isso?", perguntou Larry a Jonathan. "Seria uma idiotice."



Impressões

Se trabalhar na Google for tão divertido como ler este livro. Fato, emprego dos sonhos!
Ler teoria administrativa e ter uma bela visão de como as coisas funcionam nessa grande empresa foi muito interessante. Esse será um livro de cabeceira que lerei estudando e entendendo como aplicar as inovações na vida. Super indicado como norteador para novas e antigas empresas, "internéticas" ou não.

Ao ler já me vieram algumas ideias ligadas ao setor da cultura, do lazer e ao desenvolvimento de ações de mediação de leitura usando as ferramentas tecnológicas que temos disponíveis pela própria Google. Vamos ver se vingam, vou usar meus 20% do tempo (período que o Google libera para os funcionários desenvolverem ideias que acreditam interessantes).

Bem, boa leitura e muitas risadas!

Quem escreveu?


Jonathan Rosenberg chegou ao Google em 2002 como diretor de produtos, tendo supervisionado o design, o desenvolvimento e a evolução de anúncios, do buscador, aplicativos, Gmail, Android e Chrome. Hoje é conselheiro de Larry Page, atual CEO do Google.

Eric Schmidt foi CEO do Google entre 2001 e 2011. Durante esse período, transformou a pequena start-up em uma líder global. Atualmente, é o presidente executivo da empresa. Com Jared Cohen, é autor de A nova era digital, também publicado pela Intrínseca.

domingo, 22 de março de 2015

Admirável mundo novo de Aldous Huxley

Uma sociedade inteiramente organizada segundo princípios científicos, na qual a mera menção das antiquadas palavras “pai” e “mãe” produzem repugnância. Um mundo de pessoas programadas em laboratório, e adestradas para cumprir seu papel numa sociedade de castas biologicamente definidas já no nascimento. Um mundo no qual a literatura, a música e o cinema só têm a função de solidificar o espírito de conformismo. Um universo que louva o avanço da técnica, a linha de montagem, a produção em série, a uniformidade, e que idolatra Henry Ford.
Essa é a visão desenvolvida no clarividente romance distópico de Aldous Huxley, que ao lado de 1984, de George Orwell, constituem os exemplos mais marcantes, na esfera literária, da tematização de estados autoritários. Se o livro de Orwell criticava acidamente os governos totalitários de esquerda e de direita, o terror do stalinismo e a barbárie do nazifascismo, em Huxley o objeto é a sociedade capitalista, industrial e tecnológica, em que a racionalidade se tornou a nova religião, em que a ciência é o novo ídolo, um mundo no qual a experiência do sujeito não parece mais fazer nenhum sentido, e no qual a obra de Shakespeare adquire tons revolucionários.

Impressões

O que posso dizer??? Fiquei confusa com a  leitura desse livro.
Não foi tão forte como o 1984, pois me apeguei muito ao personagem principal, sofri tanto!

Acredito que fui para a leitura deste aqui mais protegida e, por isso, me senti mais distante, pode ser também pela forma de escrita do Aldous, mais científica, ou a construção de uma mundo bem mais "frio", onde a "felicidade" é algo disponível e não alcançável. Acho que o mundo sem nossos desafios diários perde em encanto. Ter tudo muito fácil transforma a vida em algo chato e enfadonho.

Bem, está aí uma coisa que achei algumas vezes, uma leitura chata e enfadonha, onde as coisas eram previsíveis, sem emoção. Porém, não me juguem mal, isso não desmerece o livro, na verdade, acredito que seja isso que o autor quis mostrar, o perigo te termos uma vida tão perfeita, sem desafios ou escolhas, onde tudo foi estritamente feito para ser o que tinha que ser.

Destaco, as diversas falas do Selvagem com citações de Shakespeare, onde ele demostra a necessidade do sofrimento para a criação de coisas belas. E um debate, lá nas últimas páginas sobre a necessidade que temos de Deus.

Sem mais, leiam e tirem suas conclusões, pois esta é a melhor parte do ato ler, criar pensamentos.

Quem escreveu?


Aldous Leonard Huxley nasceu em 26 de julho de 1894, na Inglaterra. Em 1916, publica seu primeiro livro, uma coletânea de poemas. A partir de 1921, sua reputação literária se estabelece, através de Crome Yellow. No período anterior à Segunda Guerra Mundial, sua obra adquire tons mais sombrios, incluindo o célebre romance Admirável Mundo Novo (1932), antiutopia que descreve a desumanizada sociedade do futuro, e Sem Olhos em Gaza (1936), uma novela pacifista. Em 1937, deixa a Europa e se muda para a Califórnia. Aldous Huxley faleceu em 22 de novembro de 1963, curiosamente mesmo dia do assassinato de John Fitzgerald Kennedy.

Outras obras:


- Folhas inúteis
- Sem olhos em Gaza
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sábado, 28 de fevereiro de 2015

O mapa do tempo de Félix J. Palma - Trilogia Victoriana, v. 1

Londres, 1896. Com suas criações e invenções, autores e cientistas faziam crer que a ciência fosse capaz até mesmo de concretizar as viagens temporais. Diante dessa atmosfera de culto ao progresso, o público do século XIX, ávido pelas novidades resultantes da industrialização, ansiava por viajar ao futuro.
A trama, vencedora do Prêmio Ateneo de Sevilla, revela como a empresa Viagens Temporais Murray foi inaugurada com o objetivo de levar os interessados ao ano 2000. Claire Haggerty está entre esses viajantes do tempo, e para ela o futuro trará uma história de amor. Entretanto, as viagens no tempo não se limitavam a experimentar o amanhã. Andrew Harrington pretendia voltar para o ano 1888, a fim de salvar sua amada das garras de Jack, o Estripador. Até mesmo H. G. Wells enfrenta os perigos dos deslocamentos temporais quando um misterioso viajante chega à sua época com a intenção de assassiná-lo e roubar-lhe a autoria de um romance, obrigando-o a uma desesperada fuga através dos séculos.
O que acontece quando alteramos o passado? Será possível reescrever a História? Félix J. Palma tece uma fantasia histórica criativa e vibrante, que homenageia o nascimento da ficção científica e transporta o leitor à fascinante era vitoriana, oferecendo uma inesquecível viagem literária através do tempo.

Impressões


Apesar de não haver informações na edição brasileira, esse livro faz parte de uma série chama Trilogia Victoriana, sendo este o primeiro volume. Os outros dois livros não possuem tradução para o português, mas podem ser lidos em espanhol. Os títulos estão descritos em "Outras obras", aqui embaixo.

Mas falando sobre o livro, bem, fiquei um pouco chateada, pois escolhi esse livro pensando em encontrar algo meio Júlio Verne e suas invenções, toda aquela confusão sobre ficção científica, porém, encontrei um livro com uma narrativa lenta, pois o autor é extremamente descritivo.

Todos as pessoas que conviveram comigo esse mês, observaram a minha dificuldade para ler toda a história e muitas vezes sentiram minha frustração com as páginas lidas. Infelizmente, esse é um livro que li, porém, não indico.

A não ser que você goste de cenas de esquartejamento sendo narradas em destalhes, e ver uma parte história sendo narrada várias vezes em diferentes visões.

O livro possuí um narrador onipotente e dono de todo o conhecimento, isso, presunçoso e que "joga isso na cara" do leitor sempre que pode... digamos que seja um narrador inconveniente.

A narrativa gira em torno de duas histórias, na verdade três, mas que só percebemos quando terminamos de ler a primeira parte. Isso mesmo, caro colega, o livro possuí três partes, onde as duas primeiras, praticamente não possuem ligação a não ser por acontecimentos da época e a interferência do autor H. G. Wells, que é personagem link das outras duas narrativas.

Não vou negar que existem boas "reviravoltas na história", mas é um artificio que já fiquei esperando na segunda e terceira parte do livro e que realmente aconteceram, deixando de ser "uma reviravolta".

Bem, mais que isso não posso falar, porque apesar de não ter sido a melhor leitura da vida, como diria Tatiana Feltrin, não quero estragar as surpresas para ninguém.

Quem escreveu?


Nasceu em Sanlúcar de Barrameda, em 1968. É colunista e crítico, coordena oficinas literárias e trabalha como consultor.

Outras obras:


- El mapa del cielo - Trilogía Victoriana, v. 2
- El mapa del caos - Trilogía Victoriana, v. 3

sábado, 31 de janeiro de 2015

1984 de George Orwell #LendoOrwell



1984 é uma das obras mais influentes do século XX, um inquestionável clássico moderno. Publicado em 1949, quando o ano de 1984 pertencia a um futuro relativamente distante, tem como herói o angustiado Winston Smith, refém de um mundo de opressão absoluta. Em Oceânia, ter uma mente livre é considerado crime gravíssimo, pois o Grande Irmão (Big Brother), líder simbólico do Partido que controla a tudo e a todos, "está de olho em você".
No íntimo, porém, Winston se rebela contra a sociedade totalitária na qual vive: em seu anseio por verdade e liberdade, ele arrisca a vida ao se envolver amorosamente com uma colega de trabalho, Júlia, e com uma organização revolucionária secreta.




Impressões


Como diz o Abdael, esse é o livro para se ler uma única vez.

Em uma palavra: angustiante!

Tive que fazer uma pausa e promover um afastamento emocional para conseguir ler todo o livro. São muitas reflexões levantadas e muitas inquietações despertadas sem nenhum cuidado.

Orwell não está nem um pouco preocupado em ser cuidadoso ao tratar sobre como seria o futuro, levando em consideração as mudanças que estavam ocorrendo em sua época.

O mundo era tão absolutamente controlado que o Orwell o descreve assim:


Nesse futuro a memória individual não existe, as pessoas são levadas a ter uma memória coletiva, onde o Partido reescreve a história sempre a seu favor. Não sei você, mas tenho essa impressão algumas vezes, de me lembrar de um fato de uma maneira e todos a minha volta se lembrarem da mesma ocasião de uma forma diferente. É angustiante.

Winston, o protagonista, está assim, só com suas memórias e se afogando na agonia de entender o que acontece e não poder fazer nada para se livrar ou livrar os outros. Ao se sentir assim, ele decide ser a oposição ao Grande Irmão, líder do Partido, seu pensamento é:


Ele sabia que não poderia vencer o Partido agora, mas acreditava que poderia fazer parte de uma revolução, unindo-se a uma organização que possibilitaria uma vida livre as outras gerações.

Depois desse ponto, só lendo mesmo... não quero estragar a experiência de leitura de ninguém.

Quem escreveu:

Pseudônimo de Eric Arthur Blair, nasceu em 1903, na Índia, onde seu pai trabalhava para o império britânico, e estudou em colégios tradicionais da Inglaterra. Jornalista, crítico e romancista, é um dos mais influentes escritores do século XX, famoso pela publicação dos romances A revolução dos bichos (1945) e 1984 (1949). Morreu de tuberculose em 1950.

Outras obras:

- Revolução dos bichos
- Dentro da baleia e outros ensaios
- A flora da Inglaterra
- Na pior em Paris e Londres

domingo, 25 de janeiro de 2015

O mágico de Oz de L. Frank Baum

"Quando estava na metade do caminho, ouviu-se um grito fortíssimo do vento e a casa sacudiu com tanta força que Dorothy perdeu o equilíbrio e caiu sentada no chão. E então uma coisa muito estranha aconteceu. A casa rodopiou duas ou três vezes e começou a levantar voo devagar, Dorothy teve a sensação de que subia no ar a bordo de um balão. "Um ciclone atinge a casa onde Dorothy vive com os tios e ela e seu cachorro Totó são levados pela ventania e param na Terra de Oz. Por lá, Dorothy faz novos amigos - o Espantalho, o Lenhador de Lata e o Leão Covarde -, encara perigos, vive histórias fantásticas e precisa enfrentar seus próprios medos. Depois de tantas aventuras, a menina descobre que seus Sapatos de Prata têm poderes mágicos e podem levá-la para qualquer parte. Mas não existe melhor lugar no mundo do que a própria casa. Um clássico indiscutível para todas as idades.


Impressões


Esse é um  daqueles livros que são categorizados como infantis, mas que ensinam e muito sobre a vida, em como lidar com nossas dificuldades.

A cada página lida é uma oportunidade de repensar suas prioridades e medos frente à vida. Porque as soluções de nossos problemas, inseguranças e indecisões, sempre, eu disse, sempre estão em nossas mãos. Não sei o porquê, mas a maioria das vezes, o ser humano escolhe sofrer, se sentir incapaz, ou temer frente as dificuldades que se apresentam.

O espantalho queria um cérebro, mas ele é quem sempre tinhas as melhores soluções às adversidades.

O homem de lata, esse queria um coração, porém, era sempre o mais preocupado e cuidadoso com seus amigos.

O leão, que sofria de temer a tudo e a todos, na necessidade, sempre estava pronto a proteger e enfrentar seus maiores medos.

Dorothy, queria voltar para casa, e só depois percebeu que poderia ter feito isso a qualquer momento no decorrer da história.

Todos resolveram seus próprios problemas quando perceberam que tinham alguém por quem fazer e que tinham todas as possibilidades dentro de si.

É, muitas vezes, nossos amigos são os que conseguem tirar de nós o que temos de melhor. Eles veem as qualidades, exatamente no ponto onde achamos que somos mais débeis, mais despreparados.

E viva aos amigos e a tudo que enxergam de bom em nós que nós não vemos!

Quem escreveu?

L. Frank Baum (1856-1919) experimentou diversas profissões antes de começar a escrever, incentivado pela sogra, que acreditava sobretudo em sua grande habilidade narrativa. Autor de inúmeros romances, poemas e roteiros, é mais conhecido pelo clássico O Mágico de Oz, sucesso que se transformou em série, com treze continuações.


Outras obras:

- The Marvelous Land of Oz
- Ozma of Oz
- Dorothy and the Wizard in Oz

*Não encontrei traduções desses outros livros para o português.