Google+ Li e Indico: março 2015

domingo, 29 de março de 2015

Como o Google funciona de Eric Schmidt e Jonathan Rosenberg




Enquanto Larry falava, Jonathan se deu conta de que os engenheiros a quem ele se referia não se restringiam à definição tradicional do cargo. Sim, eles eram programadores e analistas de sistemas brilhantes, mas além do profundo conhecimento técnico, muitos também tinham tino comercial e uma saudável veia criativa. Vindos de uma formação acadêmica, Larry e Sergey deram a esses funcionários poder e liberdade incomuns. Não funcionaria gerenciá-los seguindo estruturas de planejamento tradicionais, que poderiam guiá-los, mas também limitar seus movimentos. "Por que você faria isso?", perguntou Larry a Jonathan. "Seria uma idiotice."



Impressões

Se trabalhar na Google for tão divertido como ler este livro. Fato, emprego dos sonhos!
Ler teoria administrativa e ter uma bela visão de como as coisas funcionam nessa grande empresa foi muito interessante. Esse será um livro de cabeceira que lerei estudando e entendendo como aplicar as inovações na vida. Super indicado como norteador para novas e antigas empresas, "internéticas" ou não.

Ao ler já me vieram algumas ideias ligadas ao setor da cultura, do lazer e ao desenvolvimento de ações de mediação de leitura usando as ferramentas tecnológicas que temos disponíveis pela própria Google. Vamos ver se vingam, vou usar meus 20% do tempo (período que o Google libera para os funcionários desenvolverem ideias que acreditam interessantes).

Bem, boa leitura e muitas risadas!

Quem escreveu?


Jonathan Rosenberg chegou ao Google em 2002 como diretor de produtos, tendo supervisionado o design, o desenvolvimento e a evolução de anúncios, do buscador, aplicativos, Gmail, Android e Chrome. Hoje é conselheiro de Larry Page, atual CEO do Google.

Eric Schmidt foi CEO do Google entre 2001 e 2011. Durante esse período, transformou a pequena start-up em uma líder global. Atualmente, é o presidente executivo da empresa. Com Jared Cohen, é autor de A nova era digital, também publicado pela Intrínseca.

domingo, 22 de março de 2015

Admirável mundo novo de Aldous Huxley

Uma sociedade inteiramente organizada segundo princípios científicos, na qual a mera menção das antiquadas palavras “pai” e “mãe” produzem repugnância. Um mundo de pessoas programadas em laboratório, e adestradas para cumprir seu papel numa sociedade de castas biologicamente definidas já no nascimento. Um mundo no qual a literatura, a música e o cinema só têm a função de solidificar o espírito de conformismo. Um universo que louva o avanço da técnica, a linha de montagem, a produção em série, a uniformidade, e que idolatra Henry Ford.
Essa é a visão desenvolvida no clarividente romance distópico de Aldous Huxley, que ao lado de 1984, de George Orwell, constituem os exemplos mais marcantes, na esfera literária, da tematização de estados autoritários. Se o livro de Orwell criticava acidamente os governos totalitários de esquerda e de direita, o terror do stalinismo e a barbárie do nazifascismo, em Huxley o objeto é a sociedade capitalista, industrial e tecnológica, em que a racionalidade se tornou a nova religião, em que a ciência é o novo ídolo, um mundo no qual a experiência do sujeito não parece mais fazer nenhum sentido, e no qual a obra de Shakespeare adquire tons revolucionários.

Impressões

O que posso dizer??? Fiquei confusa com a  leitura desse livro.
Não foi tão forte como o 1984, pois me apeguei muito ao personagem principal, sofri tanto!

Acredito que fui para a leitura deste aqui mais protegida e, por isso, me senti mais distante, pode ser também pela forma de escrita do Aldous, mais científica, ou a construção de uma mundo bem mais "frio", onde a "felicidade" é algo disponível e não alcançável. Acho que o mundo sem nossos desafios diários perde em encanto. Ter tudo muito fácil transforma a vida em algo chato e enfadonho.

Bem, está aí uma coisa que achei algumas vezes, uma leitura chata e enfadonha, onde as coisas eram previsíveis, sem emoção. Porém, não me juguem mal, isso não desmerece o livro, na verdade, acredito que seja isso que o autor quis mostrar, o perigo te termos uma vida tão perfeita, sem desafios ou escolhas, onde tudo foi estritamente feito para ser o que tinha que ser.

Destaco, as diversas falas do Selvagem com citações de Shakespeare, onde ele demostra a necessidade do sofrimento para a criação de coisas belas. E um debate, lá nas últimas páginas sobre a necessidade que temos de Deus.

Sem mais, leiam e tirem suas conclusões, pois esta é a melhor parte do ato ler, criar pensamentos.

Quem escreveu?


Aldous Leonard Huxley nasceu em 26 de julho de 1894, na Inglaterra. Em 1916, publica seu primeiro livro, uma coletânea de poemas. A partir de 1921, sua reputação literária se estabelece, através de Crome Yellow. No período anterior à Segunda Guerra Mundial, sua obra adquire tons mais sombrios, incluindo o célebre romance Admirável Mundo Novo (1932), antiutopia que descreve a desumanizada sociedade do futuro, e Sem Olhos em Gaza (1936), uma novela pacifista. Em 1937, deixa a Europa e se muda para a Califórnia. Aldous Huxley faleceu em 22 de novembro de 1963, curiosamente mesmo dia do assassinato de John Fitzgerald Kennedy.

Outras obras:


- Folhas inúteis
- Sem olhos em Gaza
- Também o cisne morre
- Contraponto
- Os demônios de Loudun