Google+ Li e Indico: fevereiro 2015

sábado, 28 de fevereiro de 2015

O mapa do tempo de Félix J. Palma - Trilogia Victoriana, v. 1

Londres, 1896. Com suas criações e invenções, autores e cientistas faziam crer que a ciência fosse capaz até mesmo de concretizar as viagens temporais. Diante dessa atmosfera de culto ao progresso, o público do século XIX, ávido pelas novidades resultantes da industrialização, ansiava por viajar ao futuro.
A trama, vencedora do Prêmio Ateneo de Sevilla, revela como a empresa Viagens Temporais Murray foi inaugurada com o objetivo de levar os interessados ao ano 2000. Claire Haggerty está entre esses viajantes do tempo, e para ela o futuro trará uma história de amor. Entretanto, as viagens no tempo não se limitavam a experimentar o amanhã. Andrew Harrington pretendia voltar para o ano 1888, a fim de salvar sua amada das garras de Jack, o Estripador. Até mesmo H. G. Wells enfrenta os perigos dos deslocamentos temporais quando um misterioso viajante chega à sua época com a intenção de assassiná-lo e roubar-lhe a autoria de um romance, obrigando-o a uma desesperada fuga através dos séculos.
O que acontece quando alteramos o passado? Será possível reescrever a História? Félix J. Palma tece uma fantasia histórica criativa e vibrante, que homenageia o nascimento da ficção científica e transporta o leitor à fascinante era vitoriana, oferecendo uma inesquecível viagem literária através do tempo.

Impressões


Apesar de não haver informações na edição brasileira, esse livro faz parte de uma série chama Trilogia Victoriana, sendo este o primeiro volume. Os outros dois livros não possuem tradução para o português, mas podem ser lidos em espanhol. Os títulos estão descritos em "Outras obras", aqui embaixo.

Mas falando sobre o livro, bem, fiquei um pouco chateada, pois escolhi esse livro pensando em encontrar algo meio Júlio Verne e suas invenções, toda aquela confusão sobre ficção científica, porém, encontrei um livro com uma narrativa lenta, pois o autor é extremamente descritivo.

Todos as pessoas que conviveram comigo esse mês, observaram a minha dificuldade para ler toda a história e muitas vezes sentiram minha frustração com as páginas lidas. Infelizmente, esse é um livro que li, porém, não indico.

A não ser que você goste de cenas de esquartejamento sendo narradas em destalhes, e ver uma parte história sendo narrada várias vezes em diferentes visões.

O livro possuí um narrador onipotente e dono de todo o conhecimento, isso, presunçoso e que "joga isso na cara" do leitor sempre que pode... digamos que seja um narrador inconveniente.

A narrativa gira em torno de duas histórias, na verdade três, mas que só percebemos quando terminamos de ler a primeira parte. Isso mesmo, caro colega, o livro possuí três partes, onde as duas primeiras, praticamente não possuem ligação a não ser por acontecimentos da época e a interferência do autor H. G. Wells, que é personagem link das outras duas narrativas.

Não vou negar que existem boas "reviravoltas na história", mas é um artificio que já fiquei esperando na segunda e terceira parte do livro e que realmente aconteceram, deixando de ser "uma reviravolta".

Bem, mais que isso não posso falar, porque apesar de não ter sido a melhor leitura da vida, como diria Tatiana Feltrin, não quero estragar as surpresas para ninguém.

Quem escreveu?


Nasceu em Sanlúcar de Barrameda, em 1968. É colunista e crítico, coordena oficinas literárias e trabalha como consultor.

Outras obras:


- El mapa del cielo - Trilogía Victoriana, v. 2
- El mapa del caos - Trilogía Victoriana, v. 3