Google+ Li e Indico: novembro 2015

sábado, 7 de novembro de 2015

Americanah de Chimamanda Ngozi Adichie

Uma história de amor implacável que trata de questões de raça, gênero e identidade.
Lagos, anos 1990. Enquanto Ifemelu e Obinze vivem o idílio do primeiro amor, a Nigéria enfrenta tempos sombrios sob um governo militar. Em busca de alternativas às universidades nacionais, paralisadas por sucessivas greves, a jovem Ifemelu muda-se para os Estados Unidos. Ao mesmo tempo que se destaca no meio acadêmico, ela se depara pela primeira vez com a questão racial e com as agruras da vida de imigrante, mulher e negra.
Quinze anos mais tarde, Ifemelu é uma blogueira aclamada nos Estados Unidos, mas o tempo e o sucesso não atenuaram o apego à sua terra natal, tampouco anularam sua ligação com Obinze. Quando ela volta para a Nigéria, terá de encontrar seu lugar num país muito diferente do que deixou e na vida de seu companheiro de adolescência.
Principal autora nigeriana de sua geração e uma das mais destacadas da cena literária internacional, Chimamanda Ngozi Adichie parte de uma história de amor para debater questões prementes e universais como imigração, preconceito racial e desigualdade de gênero. Bem-humorado, sagaz e implacável, Americanah é, além de seu romance mais arrebatador, um épico contemporâneo.

Impressões

Minha relação com esse livro foi conflituosa. Ouvi falar super bem sobre a autora e logo chegou esse livro na biblioteca que trabalho. Eu, como uma esperta bibliotecária, já fui atrás de emprestá-lo e devo dizer que devorei a primeira metade do livro.

Ele foi bem esclarecedor sobre como o negro se vê perante as diversas formas de preconceitos e fala muito sobre o preconceito velado, aquele que no elogio você sente um favorecimento por causa da cor da sua pele e não pelos méritos de fazer algo bem.

Toda a questão dos racismo é trabalhando como plano de fundo das relações sociais de Ifemelu, é através dos olhos dela que percebemos como ela é afetada


Estava gostando muito da temática e como a autora levava a história, mas chegando na segunda metade do livro, não sei explicar bem, aconteceu um desencanto, uma leitura que não fluía e simplesmente abandonei o livro por uns bons meses.

Ao retomar, já sabendo que a leitura não seria empolgante como antes, terminei o livro, mas infelizmente, mesmo chegando ao fim, não gostei dos rumos que a história tomou. O tema racismo que estava me empolgando tanto no livro some e ficamos apenas com as neuras de uma mulher querendo ser aceita novamente por seu povo, mas principalmente abrindo mão de muitas convicções para ficar com seu ex-namorado.

Fiquei desapontada com o fim desse romance, mas quem sabe não pegue algum outro livro da autora?

Quem escreveu?

Nasceu em Enugu, na Nigéria, em 1977. Sua obra foi traduzida para mais de trinta línguas e apareceu em inúmeras publicações, entre elas a New Yorker e a Granta. Recebeu diversos prêmios, entre eles o Orange Prize e o National Book Critics Circle Award. Vive entre a Nigéria e os Estados Unidos.

Outras obras de Chimamanda Ngozi Adichie:


- Hibisco roxo
- Meio sol amarelo